Olá amigos e leitores,
há muito tempo não temos atualizado o blog, por que estivemos em semana de provas e com muito trabalho, além do fato que eu me mudei essa semana e ainda estou sem internet. Em breve teremos mais histórias e, quem sabe, continuação de Nephilim.
Abraços à todos!
Máàh
" O escritor é um homem que mais do que qualquer outro tem dificuldade para escrever" (Thomas Mann)
sábado, 17 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Segunda Chance
Este é um texto enviado por um amigo e leitor, André Velloso Júnior, autor do blog "Então Vos Escrevos" (link ao lado). É isso! Divirtam-se!
Quem estiver interessado em mandar um texto, alguma frase ou poesias de autoria própria, enviem para o e-mail: magna-farias@hotmail.com.
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Segunda Chance
– Rachel!
Um frio me subiu a espinha. Não era possível, ele não poderia estar ali, ao meu lado. Estava morto, eu o vira morrer dias antes. E a cena formou-se mais uma vez em minha cabeça, como passando novamente por aquilo. Lá estávamos em frente ao cinema. Tínhamos visto um filme de suspense, não lembro o nome. Atravessamos a rua quando um motorista desatencioso ultrapassou o sinal. Naquela hora minha vida acabou.
Na tentativa de que o carro não me atingisse, Victor empurrou-me para o lado, mas não teve tempo de sair. Pegou-o em cheio. Jogou-o para o alto e ele caiu, imóvel no meio da rua. Desesperada, liguei para a emergência. Rapidamente a ambulância com os dois enfermeiros chegou e levaram-no para o hospital. Foi lá que recebi a noticia. Ele estava morto! Meu amor, com quem pretendia casar e formar uma família se fora, não voltaria – era o que achava.
Passei dias chorando, sussurrando seu nome na calada da noite, em meio a soluços incessantes. Não fui a seu enterro. Não poderia ver seu corpo preso numa caixa, sabendo que dali não sairia mais. Não queria ver. Como poderia ele estar ali então, ao meu lado? E então, como num ataque de loucura, ou num dos vários sonhos que tive com ele, Victor falou:
– Algo de errado Rachel?
Claro, estava tudo errado. Ele estava morto. Estaria eu louca? Ou estaria num sonho? Belisquei meu braço. Doeu. Realmente estava passando por aquilo. Foi quando ele falou aquilo que acabou com todas as minhas duvidas:
– Sei o que está pensando. Como posso estar aqui, tendo eu morrido, não? A vida nos deu uma segunda chance. Mais um dia, somente um dia para que possa lhe fazer feliz. E para que possa te amar e ser amado por você, pela ultima vez. Você aceita passar o ultimo dia de minha vida comigo?
Não sabia o que dizer. Na verdade, disse sim, apesar de ainda achar loucura. Disse-lhe que seria o melhor dia de nossas vidas. Saímos da cama. Tomamos banho juntos e depois o café da manhã. Não poderíamos fazer em apenas um dia tudo o que tínhamos vontade, mas desde que estivéssemos juntos, tudo seria bom. Vimos novamente aquele filme, de suspense. Victor disse que fora o melhor filme de sua vida, pois estava comigo. Já era noite. Chegara a hora da despedida.
Dei-lhe um beijo caloroso, como se minha vida dependesse daquilo. Então ele disse adeus, e se foi. E ali estava eu, novamente abandonada no meio da rua. Mas dessa vez era diferente. Sabia que o amava, e que esse sentimento era recíproco. Apesar da distancia – da grande distancia – estaríamos sempre juntos. Um amor como o nosso não acabaria assim. E quem sabe não possamos ficar juntos numa próxima vida.
André Velloso Júnior.
Quem estiver interessado em mandar um texto, alguma frase ou poesias de autoria própria, enviem para o e-mail: magna-farias@hotmail.com.
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Segunda Chance
– Rachel!
Um frio me subiu a espinha. Não era possível, ele não poderia estar ali, ao meu lado. Estava morto, eu o vira morrer dias antes. E a cena formou-se mais uma vez em minha cabeça, como passando novamente por aquilo. Lá estávamos em frente ao cinema. Tínhamos visto um filme de suspense, não lembro o nome. Atravessamos a rua quando um motorista desatencioso ultrapassou o sinal. Naquela hora minha vida acabou.
Na tentativa de que o carro não me atingisse, Victor empurrou-me para o lado, mas não teve tempo de sair. Pegou-o em cheio. Jogou-o para o alto e ele caiu, imóvel no meio da rua. Desesperada, liguei para a emergência. Rapidamente a ambulância com os dois enfermeiros chegou e levaram-no para o hospital. Foi lá que recebi a noticia. Ele estava morto! Meu amor, com quem pretendia casar e formar uma família se fora, não voltaria – era o que achava.
Passei dias chorando, sussurrando seu nome na calada da noite, em meio a soluços incessantes. Não fui a seu enterro. Não poderia ver seu corpo preso numa caixa, sabendo que dali não sairia mais. Não queria ver. Como poderia ele estar ali então, ao meu lado? E então, como num ataque de loucura, ou num dos vários sonhos que tive com ele, Victor falou:
– Algo de errado Rachel?
Claro, estava tudo errado. Ele estava morto. Estaria eu louca? Ou estaria num sonho? Belisquei meu braço. Doeu. Realmente estava passando por aquilo. Foi quando ele falou aquilo que acabou com todas as minhas duvidas:
– Sei o que está pensando. Como posso estar aqui, tendo eu morrido, não? A vida nos deu uma segunda chance. Mais um dia, somente um dia para que possa lhe fazer feliz. E para que possa te amar e ser amado por você, pela ultima vez. Você aceita passar o ultimo dia de minha vida comigo?
Não sabia o que dizer. Na verdade, disse sim, apesar de ainda achar loucura. Disse-lhe que seria o melhor dia de nossas vidas. Saímos da cama. Tomamos banho juntos e depois o café da manhã. Não poderíamos fazer em apenas um dia tudo o que tínhamos vontade, mas desde que estivéssemos juntos, tudo seria bom. Vimos novamente aquele filme, de suspense. Victor disse que fora o melhor filme de sua vida, pois estava comigo. Já era noite. Chegara a hora da despedida.
Dei-lhe um beijo caloroso, como se minha vida dependesse daquilo. Então ele disse adeus, e se foi. E ali estava eu, novamente abandonada no meio da rua. Mas dessa vez era diferente. Sabia que o amava, e que esse sentimento era recíproco. Apesar da distancia – da grande distancia – estaríamos sempre juntos. Um amor como o nosso não acabaria assim. E quem sabe não possamos ficar juntos numa próxima vida.
André Velloso Júnior.
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