Por motivos pessoais não postaremos Nephilim temporiamente. Mas continuem conferindo o blog, manteremos sempre atualizado, com várias dicas de leitura, novos textos, abriremos também um espaço para imagens e muito mais. Não deixem de visitar! Aproveito para agradecer as mais de 200 visitas em menos de um mês de blog!
É isso! Abraços, Máàh!
" O escritor é um homem que mais do que qualquer outro tem dificuldade para escrever" (Thomas Mann)
quarta-feira, 31 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
Capítulo 3
Capítulo 3
É o segundo dia que estou aqui. No dia anterior, Vivian me mostrou um depósito de armas e um espaço para treinar que fica no antigo porão. Ensinaram-me como atirar, mesmo não servindo para muita coisa, pois me disseram que não mata nenhum anjo ou demônio e, aprendi também a manejar espadas.
Agora estou numa sala, que mais parece uma biblioteca, com outros dois novatos e David, um Nephilim mais experiente. Ele tinha pele negra e mais ou menos 22 anos. Foi um dos primeiros a se juntar a Brian. Ele seria nosso instrutor em algo que ajudaria em nossa proteção.
-Vocês aprenderão agora como utilizar uma das mais poderosas ferramentas para nossa sobrevivência: o alfabeto enoquiano.
-Alfabeto enoquiano?-perguntou um dos novatos que parecia ter 16 anos.
-Sim. É o alfabeto utilizado pelos anjos. Ele tem várias utilidades, não é como o alfabeto dos humanos, por exemplo. Com ele, podemos fazer praticamente qualquer coisa. Vou lhes dar um exemplo: vocês estão fugindo de um demônio que quer um objeto que vocês têm na mão a todo custo. Vocês podem desenhar a palavra correta, por exemplo, "desaparecer" em enoquiano no objeto e, pensar com toda força que o objeto desaparece.
-Sério? – perguntou um jovem extasiado.
-Não é uma coisa fácil de se fazer. Exige muita prática.
-Mas não tem só que escrever e pensar? – perguntou um outro garoto.
-Sim, só tem que escrever e pensar. O problema é que tem que pensar somente naquilo que você quer que aconteça, não pode pensar em mais nada, o que é bem difícil. – David explicou, depois se levantou e pegou alguns papéis e distribuiu. Haviam vários símbolos nos papéis. Três deles eu já havia visto em algum lugar, mas não me lembrava onde.
Tivemos que memorizar aqueles símbolos e treinar a escrita. Quando começamos a pegar o jeito, ele nos mandou tentar usar em forma de magia, como ficar invisível, abrir fechaduras ou até levitar objetos.
Depois de algum tempo treinando, eu consegui usar as palavras com perfeição em algumas vezes. David disse que era raro um novato conseguir perfeição na primeira vez que usava o alfabeto enoquiano. Fizemos uma pausa para jantar. Fui para o quintal e ajudei a levar a grande mesa e as cadeiras para fora. Quando fui avisar ao pessoal da sala de estar que o jantar estava servido, percebi que havia uma confusão entre Brian, que estava ao lado com dois garotos equipados com espadas, armas, coletes, entre outras coisas, enquanto Vivian e um outro garoto, que se chamava Mathew, estavam falando algo sobre uma busca.
-Você não tem que ir atrás dessa coisa! – gritou Mathew.
-Não podemos deixar que nossos inimigos achem antes de nós. – Brian disse com calma, de um modo superior.
-Vocês vão ser massacrados! Aquilo vai estar infestado de demônios e de anjos! – exclamou Vivian.
-Sem conversa. Eu vou! Peter e Jason já concordaram em ir comigo. – falou Brian, saindo da sala seguido por Peter e Jason. Todos que restaram na sala, permaneceram em silêncio. Alguns nem foram jantar.
Quando a maioria saiu da sala, chamei Vivian à biblioteca e perguntei o que havia acontecido.
-É que um objeto muito perigoso “caiu” na Terra. – me disse enquanto olhava um livro.
-Que objeto é esse?
Ela fechou o livro, olhou pra mim e começou a falar:
-Quando Deus ganhou de Lúcifer e seus anjos, ele retirou parte de sua energia angelical e sua graça e, guardou no paraíso, assim, uma grande parte da força de Lúcifer estaria protegida, com isso ele não poderia se revoltar contra Deus novamente. No dia que você foi salvo pelo Brian, ele estava voltando de uma missão, na qual um demônio deixou passar a informação que este objeto estava na Terra.
-Como isso parou aqui?
-O que estão dizendo, é que um dos anjos fiéis a Lúcifer, conseguiu, de alguma maneira, enganar a todos no céu e roubar esse objeto, porém na fuga ele o deixou cair.
-Entendi. Mas, qual é o formato dessa “graça”?
-Esse é o problema: ninguém sabe. Pode ser qualquer coisa. – respondeu Vivian, com um desespero no olhar. Fiquei sem ação. Então, ela se levantou e fez sinal para que eu a seguisse.
Ela me levou ao local onde antes estavam as mesas do jantar e, que agora estava com um grupo de pessoas trinando com os mais diversos tipos de armas.
-Você vai treinar agora? – perguntei incrédulo.
-É o melhor jeito de esquecer esse assunto. – respondeu ela, agora com raiva ao invés de desespero no olhar. Ela se afastou, pegando uma arma e, eu fui em direção a Raphael, o treinador de armas. Ele falava com um novato recém-chegado, que, durante o jantar descobri que se chamava Andrew. Percebendo minha aproximação, Raphael perguntou com bom humor:
-E aí Jared, pronto para praticar?
-Estou, mas ainda não sei qual arma usar.
Ele pediu então que eu fosse com ele à uma área onde ficavam armazenadas algumas armas brancas, que ele havia trazido do porão. Testamos várias armas, como no dia anterior, até que achei uma espada embaixo de uma pilha de outras armas que me chamou atenção. O cabo dessa, era enrolado com fitas brancas e, em sua lâmina havia várias inscrições em enoquiano. A contemplei e percebi que se ajustava perfeitamente à minha mão. Voltei a olhar em volta e encontrei uma espada idêntica àquela que eu havia encontrado anteriormente, a diferença, é que nessa, a fita era preta. Resolvi ficar com as duas. Quando Raphael viu minha escolha, ele disse:
-Essa é uma excelente arma. Elas se juntam, dobrando sua potência. – ele pegou as espadas da minha mão e colocou os cabos um de frente ao outro e, falou algumas palavras. No mesmo instante os cabos se juntaram e as fitas se enrolaram.
-Como você fez isso? – perguntei extasiado.
-Apenas falei “orgonpalundor” que é fixar, em enoquiano, e os cabos se unem.
-Por que ninguém a usa?
Ele respirou fundo e de repente pareceu que seu bom humor havia sumido.
-Era a espada do primeiro líder. Ele quem criou o grupo.
-O que aconteceu com ele?
-Ele morreu em uma luta que teve entre nós, os anjos e os demônios. Naquele dia morreram mais de dez amigos nossos. Ele entregou a espada a Brian, que foi um dos únicos que conseguiram escapar, e passou o posto para ele.
-Se ele deu a espada para Brian, porque ele não usa?
-Ela não se encaixou perfeitamente para ele. Só tinha visto Damon usá-la perfeitamente até hoje.
-Como assim?
-Ela pesa mais que aparenta, só para eu conseguir mantê-la, como agora, já está sendo bem difícil. – ele falou com seu bom humor de volta. Entregou-me as espadas, mas para mim, elas não pareciam tão pesadas.
Ele me levou para treinar no pátio, me colocando para praticar com Andrew. As espadas eram excelentes tanto para ataque como para defesa. Com a ajuda de Raphael aprendi muitos golpes e formas de se defender muito práticas tanto com elas separadas quantos juntas.
Após ficar mais de uma hora treinando todos pararam para descansar. Como acabei de treinar, fui tomar um banho. Precisei pegar uma roupa emprestada com Dawne, o outro novato. Já que não tinha trazido nada comigo. Fui me deitar no quarto que tenho estado. Assim que me deitei, entraram Dawne e Andrew discutindo sobre a confusão ocorrida mais cedo. Dawne falou alto:
-Não sei qual o problema de ele querer sair para nos ajudar.
-Aquela menina falou que era perigoso.
-Mas é para nos ajudar! Aliás, toda hora sai alguém.
-Mas... – na hora que Andrew ia falar algo eu o interrompi dizendo:
-Parem de discutir por isso. Vão dormir, esse assunto é para os mais experientes. – eles se calaram, mas não estavam satisfeitos. Fiquei deitado pensando no que o dia de amanhã me proporcionaria. Com certeza, eu não tinha idéia.
É o segundo dia que estou aqui. No dia anterior, Vivian me mostrou um depósito de armas e um espaço para treinar que fica no antigo porão. Ensinaram-me como atirar, mesmo não servindo para muita coisa, pois me disseram que não mata nenhum anjo ou demônio e, aprendi também a manejar espadas.
Agora estou numa sala, que mais parece uma biblioteca, com outros dois novatos e David, um Nephilim mais experiente. Ele tinha pele negra e mais ou menos 22 anos. Foi um dos primeiros a se juntar a Brian. Ele seria nosso instrutor em algo que ajudaria em nossa proteção.
-Vocês aprenderão agora como utilizar uma das mais poderosas ferramentas para nossa sobrevivência: o alfabeto enoquiano.
-Alfabeto enoquiano?-perguntou um dos novatos que parecia ter 16 anos.
-Sim. É o alfabeto utilizado pelos anjos. Ele tem várias utilidades, não é como o alfabeto dos humanos, por exemplo. Com ele, podemos fazer praticamente qualquer coisa. Vou lhes dar um exemplo: vocês estão fugindo de um demônio que quer um objeto que vocês têm na mão a todo custo. Vocês podem desenhar a palavra correta, por exemplo, "desaparecer" em enoquiano no objeto e, pensar com toda força que o objeto desaparece.
-Sério? – perguntou um jovem extasiado.
-Não é uma coisa fácil de se fazer. Exige muita prática.
-Mas não tem só que escrever e pensar? – perguntou um outro garoto.
-Sim, só tem que escrever e pensar. O problema é que tem que pensar somente naquilo que você quer que aconteça, não pode pensar em mais nada, o que é bem difícil. – David explicou, depois se levantou e pegou alguns papéis e distribuiu. Haviam vários símbolos nos papéis. Três deles eu já havia visto em algum lugar, mas não me lembrava onde.
Tivemos que memorizar aqueles símbolos e treinar a escrita. Quando começamos a pegar o jeito, ele nos mandou tentar usar em forma de magia, como ficar invisível, abrir fechaduras ou até levitar objetos.
Depois de algum tempo treinando, eu consegui usar as palavras com perfeição em algumas vezes. David disse que era raro um novato conseguir perfeição na primeira vez que usava o alfabeto enoquiano. Fizemos uma pausa para jantar. Fui para o quintal e ajudei a levar a grande mesa e as cadeiras para fora. Quando fui avisar ao pessoal da sala de estar que o jantar estava servido, percebi que havia uma confusão entre Brian, que estava ao lado com dois garotos equipados com espadas, armas, coletes, entre outras coisas, enquanto Vivian e um outro garoto, que se chamava Mathew, estavam falando algo sobre uma busca.
-Você não tem que ir atrás dessa coisa! – gritou Mathew.
-Não podemos deixar que nossos inimigos achem antes de nós. – Brian disse com calma, de um modo superior.
-Vocês vão ser massacrados! Aquilo vai estar infestado de demônios e de anjos! – exclamou Vivian.
-Sem conversa. Eu vou! Peter e Jason já concordaram em ir comigo. – falou Brian, saindo da sala seguido por Peter e Jason. Todos que restaram na sala, permaneceram em silêncio. Alguns nem foram jantar.
Quando a maioria saiu da sala, chamei Vivian à biblioteca e perguntei o que havia acontecido.
-É que um objeto muito perigoso “caiu” na Terra. – me disse enquanto olhava um livro.
-Que objeto é esse?
Ela fechou o livro, olhou pra mim e começou a falar:
-Quando Deus ganhou de Lúcifer e seus anjos, ele retirou parte de sua energia angelical e sua graça e, guardou no paraíso, assim, uma grande parte da força de Lúcifer estaria protegida, com isso ele não poderia se revoltar contra Deus novamente. No dia que você foi salvo pelo Brian, ele estava voltando de uma missão, na qual um demônio deixou passar a informação que este objeto estava na Terra.
-Como isso parou aqui?
-O que estão dizendo, é que um dos anjos fiéis a Lúcifer, conseguiu, de alguma maneira, enganar a todos no céu e roubar esse objeto, porém na fuga ele o deixou cair.
-Entendi. Mas, qual é o formato dessa “graça”?
-Esse é o problema: ninguém sabe. Pode ser qualquer coisa. – respondeu Vivian, com um desespero no olhar. Fiquei sem ação. Então, ela se levantou e fez sinal para que eu a seguisse.
Ela me levou ao local onde antes estavam as mesas do jantar e, que agora estava com um grupo de pessoas trinando com os mais diversos tipos de armas.
-Você vai treinar agora? – perguntei incrédulo.
-É o melhor jeito de esquecer esse assunto. – respondeu ela, agora com raiva ao invés de desespero no olhar. Ela se afastou, pegando uma arma e, eu fui em direção a Raphael, o treinador de armas. Ele falava com um novato recém-chegado, que, durante o jantar descobri que se chamava Andrew. Percebendo minha aproximação, Raphael perguntou com bom humor:
-E aí Jared, pronto para praticar?
-Estou, mas ainda não sei qual arma usar.
Ele pediu então que eu fosse com ele à uma área onde ficavam armazenadas algumas armas brancas, que ele havia trazido do porão. Testamos várias armas, como no dia anterior, até que achei uma espada embaixo de uma pilha de outras armas que me chamou atenção. O cabo dessa, era enrolado com fitas brancas e, em sua lâmina havia várias inscrições em enoquiano. A contemplei e percebi que se ajustava perfeitamente à minha mão. Voltei a olhar em volta e encontrei uma espada idêntica àquela que eu havia encontrado anteriormente, a diferença, é que nessa, a fita era preta. Resolvi ficar com as duas. Quando Raphael viu minha escolha, ele disse:
-Essa é uma excelente arma. Elas se juntam, dobrando sua potência. – ele pegou as espadas da minha mão e colocou os cabos um de frente ao outro e, falou algumas palavras. No mesmo instante os cabos se juntaram e as fitas se enrolaram.
-Como você fez isso? – perguntei extasiado.
-Apenas falei “orgonpalundor” que é fixar, em enoquiano, e os cabos se unem.
-Por que ninguém a usa?
Ele respirou fundo e de repente pareceu que seu bom humor havia sumido.
-Era a espada do primeiro líder. Ele quem criou o grupo.
-O que aconteceu com ele?
-Ele morreu em uma luta que teve entre nós, os anjos e os demônios. Naquele dia morreram mais de dez amigos nossos. Ele entregou a espada a Brian, que foi um dos únicos que conseguiram escapar, e passou o posto para ele.
-Se ele deu a espada para Brian, porque ele não usa?
-Ela não se encaixou perfeitamente para ele. Só tinha visto Damon usá-la perfeitamente até hoje.
-Como assim?
-Ela pesa mais que aparenta, só para eu conseguir mantê-la, como agora, já está sendo bem difícil. – ele falou com seu bom humor de volta. Entregou-me as espadas, mas para mim, elas não pareciam tão pesadas.
Ele me levou para treinar no pátio, me colocando para praticar com Andrew. As espadas eram excelentes tanto para ataque como para defesa. Com a ajuda de Raphael aprendi muitos golpes e formas de se defender muito práticas tanto com elas separadas quantos juntas.
Após ficar mais de uma hora treinando todos pararam para descansar. Como acabei de treinar, fui tomar um banho. Precisei pegar uma roupa emprestada com Dawne, o outro novato. Já que não tinha trazido nada comigo. Fui me deitar no quarto que tenho estado. Assim que me deitei, entraram Dawne e Andrew discutindo sobre a confusão ocorrida mais cedo. Dawne falou alto:
-Não sei qual o problema de ele querer sair para nos ajudar.
-Aquela menina falou que era perigoso.
-Mas é para nos ajudar! Aliás, toda hora sai alguém.
-Mas... – na hora que Andrew ia falar algo eu o interrompi dizendo:
-Parem de discutir por isso. Vão dormir, esse assunto é para os mais experientes. – eles se calaram, mas não estavam satisfeitos. Fiquei deitado pensando no que o dia de amanhã me proporcionaria. Com certeza, eu não tinha idéia.
domingo, 21 de março de 2010
Aviso!
Olá pessoal, aqui é a Máàh, estou passando pra dizer que pode não haver postagens de novos capítulos de Nephilim essa semana, por que estamos em semana de provas na escola e, se houver, não será em dia certo (sexta-feira), como temos feito. A partir do dia 1º de abril os posts serão normalizados e, se não houverem publicações nesta semana, na próxima serão postados 2 capítulos.
Agradecemos a todos pela visita e pelo incentivo que vocês têm nos dado. É muito importante para nós o carinho com que vocês têm recebido nossa história! Esperamos que todos continuem curtindo a história, por que estamos nos empanhando ao máximo para que todos gostem! ^^
Abraços à todos e, mais uma vez, obrigada por nos receberem tão bem!
Agradecemos a todos pela visita e pelo incentivo que vocês têm nos dado. É muito importante para nós o carinho com que vocês têm recebido nossa história! Esperamos que todos continuem curtindo a história, por que estamos nos empanhando ao máximo para que todos gostem! ^^
Abraços à todos e, mais uma vez, obrigada por nos receberem tão bem!
sexta-feira, 19 de março de 2010
Nephilim - Capítulo 2
Capítulo 2
O homem com asas, que segurava a espada, pareceu me ouvir e respondeu tranquilamente:
-Não sou um anjo. Sou metade.
Enquanto ele falava, me levantei e me aproximei dele e do corpo que estava ao seu lado.
-Metade? - perguntei meio surpreso – Nunca ouvi falar de um meio anjo...
Ele guardou a espada, que não estava mais em chamas, em uma bainha em sua cintura e, suas asas começaram a diminuir e a entrar em suas costas, até sumirem completamente. Agora ele parecia um cara normal, de mais ou menos uns 22 anos, usando calças jeans e uma camisa de manga comprida. A única coisa estranha nele agora eram os dois buracos na camisa, por causa das asas.
-Desculpe minha falta de educação. Meu nome é Brian. Eu sou um Nephilim e, para sua surpresa, você também.
Fiquei em silêncio por alguns segundos e, então, comecei a rir e disse:
- Ahh, ta bom, só espera um minutinho que eu tenho que ligar pro meu amigo coelhinho da páscoa pra contar essa novidade. – continuei a rir, mas Brian não. Ele estava bastante sério. Percebendo isso parei de rir e perguntei a ele:
-Tá falando sério?
-Sim
-Não, não ta não. E sabe como eu sei isso? Eu tenho pai e mãe que são humanos! Pessoas totalmente normais!
-É claro que tem – Brian disse ironicamente – Mas seu pai não se parece em nada com você e sua mãe morreu no parto.
-Como...? – não consegui completar a frase. Comecei a pensar nas vezes que perguntava ao meu pai com quem eu me parecia e ele sempre dizia: “Você é completamente igual a sua mãe”. O que eu não imaginava é que ele dizia isso literalmente.
A voz de Brian me fez voltar ao presente quando disse:
-Acertei?
Concordei com a cabeça.
-Por que você acha que eu sou assim?
-É simples. Você libera uma espécie de energia muito forte. Um tipo de energia que só os anjos e seus filhos liberam.
-Mas é impossível eu ser parte anjo! – gritei. Ele ia dizer algo, mas de repente mudou de idéia e falou em um tom bem baixo:
-Vem comigo que eu explico tudo.
-Explique agora! – continuei em voz alta.
-Agora não dá! – respondeu ele com um olhar severo – Eles nos sentiram, temos que sair daqui imediatamente.
-Quem são eles?
Ele parecia estar perdendo a paciência, mas respondeu mesmo assim:
-Eles são os anjos. Agora vamos. Sem mais perguntas.
Ele começou a andar e eu o segui, porém quando passamos pelo corpo tive que perguntar:
-As pessoas não vão achar isso não?
-Eles se decompõem rápido. De manhã não haverá mais nada aí.
-Ela era oquê?
-Um demônio.
Andamos até sair do campus. Brian parou em frente a uma moto, retirou de baixo do banco um capacete preto e, me deu. Subimos na moto e seguimos pelas ruas vazias de Boston. Ele dirigia muito rápido e, quando me dei conta estávamos em frente a uma casa enorme, mas que parecia abandonada: a pintura estava manchada e, as plantas pareciam mortas, mas, o que mais me chamou atenção, foram os símbolos espalhados por todo o quintal.
-Que símbolos são esses?
Brian foi até um dos símbolos, abaixou-se, tocou em um deles e disse:
-São palavras enoquianas. Antes que você comece a me encher de perguntas, a linguagem enoquina é a utilizada pelos anjos. A magia dessas palavras também nos protegem deles e, dos demônios.
Olhei surpreso para ele, que se levantava e andava em direção à casa. Eu o segui. Permanecemos em silêncio até chegarmos a uma grande porta.
-Bem-vindo! – disse ele ao abrir a porta.
Fiquei impressionado ao entrar. A casa por dentro não parecia nada com o que era no lado de fora. Era tudo limpo e organizado, os móveis e a pintura eram bastante atuais, enfim, era como uma casa deveria ser.
-Desculpe, mas você ainda não disse seu nome – disse Brian.
-Jared – falei, um pouco sem graça.
-Bom, aqui vivem vários Nephilins, assim como eu e você. Nós nos chamamos de “Guerreiros Cinzentos” e, eu sou o líder. –falou Brian, impondo respeito.
Comecei a olhar em volta. Reparei que a maioria das pessoas que estavam ali aparentava ter entre 18 e 20 anos. Estava andando pela sala quando Brian continuou falando:
-Aqui você irá aprender a se defender dos anjos e dos demônios.
-Por que os anjos iriam querer nos atacar? Eles não são nossos pais?
Brian fez cara de impaciência e começou a falar algo que já disse milhares de vezes.
-Há muitos anos, houve uma guerra no céu. De um lado estava Miguel, com o exército de Deus e, do outro Lúcifer, com muitos anjos que foram para o seu lado. – ele deu uma pausa, depois continuou – Como todos sabem, Deus ganhou a guerra e, assim, mandou Lúcifer e seus anjos aliados para o inferno. Lúcifer, por ser o líder, ficou proibido de sair de lá, porém, os outros anjos podiam. Esses ficaram conhecidos como anjos caídos. – concluiu Brian. Ele estava saindo do cômodo quando perguntei:
-E aonde nos encaixamos nessa história?
-Nossos pais são esses anjos caídos.
-Mas o que eles iriam querer com a raça humana? Pelo que eu saiba, os humanos são uma das razões para Lúcifer ter se rebelado.
-Você sabe, os humanos são a imagem e semelhança de Deus. Assim, essa foi a forma que ele encontrou de contaminar a raça humana Nós somos uma das razões do grande dilúvio da Bíblia.
-Somos? – surpreendi-me – Mas não falam nada sobre Nephilins na Bíblia.
-Claro que falam. Mas, em algumas somos chamados de Gigantes, que é uma tradução do latim.
Ia fazer mais uma pergunta, quando ele me cortou:
-Chega de perguntas por hoje. – Brian virou-se para uma garota que estava na sala de estar – Vivian, leve o novato para um quarto.
Uma bela garota de cabelos ruivos e pele clara, trajando um vestido de seda azul-escuro veio andando em nossa direção, enquanto Brian se despedia para tratar de outro assunto do grupo, mais importante no momento. Ela me levou escada acima e me deixou em um quarto que tinha quatro camas.
-Descansa bastante que amanhã será desgastante.
Vivian disse e saiu. Deitei-me em uma das camas e, assim que encostei a cabeça no travesseiro, adormeci.
Acordei com o Sol forte no meu rosto, desci as escadas e perguntei a um garoto que estava no hall que horas eram.
-Uma da tarde – respondeu-me.
Não havia percebido o quanto havia dormido até que meu estômago roncou.
-Aonde comemos por aqui? – perguntei ao mesmo garoto.
-Lá fora. Vai por esse corredor – disse-me apontando o caminho – e entre na segunda porta à esquerda.
Agradeci e segui suas instruções. Ao chegar no local indicado, me deparei com uma grande área desmatada e duas grandes mesas, onde cerca de setenta pessoas estavam. Encontrei um lugar ao lado de Vivian e comi o que serviam. Todos almoçavam rindo e conversando. Nisso, Vivian me apresentou alguns dos Nephilins que estavam por perto. Havia gente de toda parte do país.
Após o almoço todos levaram seus pratos dentro e foram continuar suas atividades. Fiquei totalmente perdido, então perguntei a Vivian:
-O que fazemos agora?
Ela olhou pra mim com os olhos brilhando e um sorriso malicioso.
-Treinamos.
O homem com asas, que segurava a espada, pareceu me ouvir e respondeu tranquilamente:
-Não sou um anjo. Sou metade.
Enquanto ele falava, me levantei e me aproximei dele e do corpo que estava ao seu lado.
-Metade? - perguntei meio surpreso – Nunca ouvi falar de um meio anjo...
Ele guardou a espada, que não estava mais em chamas, em uma bainha em sua cintura e, suas asas começaram a diminuir e a entrar em suas costas, até sumirem completamente. Agora ele parecia um cara normal, de mais ou menos uns 22 anos, usando calças jeans e uma camisa de manga comprida. A única coisa estranha nele agora eram os dois buracos na camisa, por causa das asas.
-Desculpe minha falta de educação. Meu nome é Brian. Eu sou um Nephilim e, para sua surpresa, você também.
Fiquei em silêncio por alguns segundos e, então, comecei a rir e disse:
- Ahh, ta bom, só espera um minutinho que eu tenho que ligar pro meu amigo coelhinho da páscoa pra contar essa novidade. – continuei a rir, mas Brian não. Ele estava bastante sério. Percebendo isso parei de rir e perguntei a ele:
-Tá falando sério?
-Sim
-Não, não ta não. E sabe como eu sei isso? Eu tenho pai e mãe que são humanos! Pessoas totalmente normais!
-É claro que tem – Brian disse ironicamente – Mas seu pai não se parece em nada com você e sua mãe morreu no parto.
-Como...? – não consegui completar a frase. Comecei a pensar nas vezes que perguntava ao meu pai com quem eu me parecia e ele sempre dizia: “Você é completamente igual a sua mãe”. O que eu não imaginava é que ele dizia isso literalmente.
A voz de Brian me fez voltar ao presente quando disse:
-Acertei?
Concordei com a cabeça.
-Por que você acha que eu sou assim?
-É simples. Você libera uma espécie de energia muito forte. Um tipo de energia que só os anjos e seus filhos liberam.
-Mas é impossível eu ser parte anjo! – gritei. Ele ia dizer algo, mas de repente mudou de idéia e falou em um tom bem baixo:
-Vem comigo que eu explico tudo.
-Explique agora! – continuei em voz alta.
-Agora não dá! – respondeu ele com um olhar severo – Eles nos sentiram, temos que sair daqui imediatamente.
-Quem são eles?
Ele parecia estar perdendo a paciência, mas respondeu mesmo assim:
-Eles são os anjos. Agora vamos. Sem mais perguntas.
Ele começou a andar e eu o segui, porém quando passamos pelo corpo tive que perguntar:
-As pessoas não vão achar isso não?
-Eles se decompõem rápido. De manhã não haverá mais nada aí.
-Ela era oquê?
-Um demônio.
Andamos até sair do campus. Brian parou em frente a uma moto, retirou de baixo do banco um capacete preto e, me deu. Subimos na moto e seguimos pelas ruas vazias de Boston. Ele dirigia muito rápido e, quando me dei conta estávamos em frente a uma casa enorme, mas que parecia abandonada: a pintura estava manchada e, as plantas pareciam mortas, mas, o que mais me chamou atenção, foram os símbolos espalhados por todo o quintal.
-Que símbolos são esses?
Brian foi até um dos símbolos, abaixou-se, tocou em um deles e disse:
-São palavras enoquianas. Antes que você comece a me encher de perguntas, a linguagem enoquina é a utilizada pelos anjos. A magia dessas palavras também nos protegem deles e, dos demônios.
Olhei surpreso para ele, que se levantava e andava em direção à casa. Eu o segui. Permanecemos em silêncio até chegarmos a uma grande porta.
-Bem-vindo! – disse ele ao abrir a porta.
Fiquei impressionado ao entrar. A casa por dentro não parecia nada com o que era no lado de fora. Era tudo limpo e organizado, os móveis e a pintura eram bastante atuais, enfim, era como uma casa deveria ser.
-Desculpe, mas você ainda não disse seu nome – disse Brian.
-Jared – falei, um pouco sem graça.
-Bom, aqui vivem vários Nephilins, assim como eu e você. Nós nos chamamos de “Guerreiros Cinzentos” e, eu sou o líder. –falou Brian, impondo respeito.
Comecei a olhar em volta. Reparei que a maioria das pessoas que estavam ali aparentava ter entre 18 e 20 anos. Estava andando pela sala quando Brian continuou falando:
-Aqui você irá aprender a se defender dos anjos e dos demônios.
-Por que os anjos iriam querer nos atacar? Eles não são nossos pais?
Brian fez cara de impaciência e começou a falar algo que já disse milhares de vezes.
-Há muitos anos, houve uma guerra no céu. De um lado estava Miguel, com o exército de Deus e, do outro Lúcifer, com muitos anjos que foram para o seu lado. – ele deu uma pausa, depois continuou – Como todos sabem, Deus ganhou a guerra e, assim, mandou Lúcifer e seus anjos aliados para o inferno. Lúcifer, por ser o líder, ficou proibido de sair de lá, porém, os outros anjos podiam. Esses ficaram conhecidos como anjos caídos. – concluiu Brian. Ele estava saindo do cômodo quando perguntei:
-E aonde nos encaixamos nessa história?
-Nossos pais são esses anjos caídos.
-Mas o que eles iriam querer com a raça humana? Pelo que eu saiba, os humanos são uma das razões para Lúcifer ter se rebelado.
-Você sabe, os humanos são a imagem e semelhança de Deus. Assim, essa foi a forma que ele encontrou de contaminar a raça humana Nós somos uma das razões do grande dilúvio da Bíblia.
-Somos? – surpreendi-me – Mas não falam nada sobre Nephilins na Bíblia.
-Claro que falam. Mas, em algumas somos chamados de Gigantes, que é uma tradução do latim.
Ia fazer mais uma pergunta, quando ele me cortou:
-Chega de perguntas por hoje. – Brian virou-se para uma garota que estava na sala de estar – Vivian, leve o novato para um quarto.
Uma bela garota de cabelos ruivos e pele clara, trajando um vestido de seda azul-escuro veio andando em nossa direção, enquanto Brian se despedia para tratar de outro assunto do grupo, mais importante no momento. Ela me levou escada acima e me deixou em um quarto que tinha quatro camas.
-Descansa bastante que amanhã será desgastante.
Vivian disse e saiu. Deitei-me em uma das camas e, assim que encostei a cabeça no travesseiro, adormeci.
Acordei com o Sol forte no meu rosto, desci as escadas e perguntei a um garoto que estava no hall que horas eram.
-Uma da tarde – respondeu-me.
Não havia percebido o quanto havia dormido até que meu estômago roncou.
-Aonde comemos por aqui? – perguntei ao mesmo garoto.
-Lá fora. Vai por esse corredor – disse-me apontando o caminho – e entre na segunda porta à esquerda.
Agradeci e segui suas instruções. Ao chegar no local indicado, me deparei com uma grande área desmatada e duas grandes mesas, onde cerca de setenta pessoas estavam. Encontrei um lugar ao lado de Vivian e comi o que serviam. Todos almoçavam rindo e conversando. Nisso, Vivian me apresentou alguns dos Nephilins que estavam por perto. Havia gente de toda parte do país.
Após o almoço todos levaram seus pratos dentro e foram continuar suas atividades. Fiquei totalmente perdido, então perguntei a Vivian:
-O que fazemos agora?
Ela olhou pra mim com os olhos brilhando e um sorriso malicioso.
-Treinamos.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Nephilim - Capítulo I
Capítulo I
Dezenove anos depois...
Estava no vácuo. No infinito. Não conseguia sentir nada. Nessa imensidão branca eu ouvia vozes me chamando e, a todo o momento via vultos passando a uma velocidade inacreditável e, uma luz brilhava intensamente. Então, uma dessas vozes me chamou de uma forma diferente, meio doce, quase um sussurro – Jared. Continuaram a dizer meu nome, mas agora voz estava ficando mais forte e me fez sair daquele estado de paz em que eu me encontrava. Foi aí que percebi que estava dormindo. E o pior: eu estava dormindo no meio da aula de anatomia da faculdade de medicina.
Mas não podem me culpar por dormir. A aula estava um tédio e eu sabia aquela matéria toda. Sempre tive facilidade na escola e, na faculdade não é diferente. Mas, ultimamente, apesar de ser inteligente e, ter a capacidade de pensar em várias coisas ao mesmo tempo, eu só conseguia pensar naquele sonho. Apesar de ter acordado, não conseguia prestar atenção na aula. Por isso deixei minha mente vagar pelas lembranças daquele sonho que, apesar de ter sido tranqüilo, como provavelmente devia ser a morte, me perturbava. Permaneci assim até o final da aula.
Quando estava saindo, o professor me chamou à sua mesa:
- Jared, todos sabemos que você tem uma inteligência fora do comum e suas notas são excepcionais...
- Mas... – continuei.
- Mas você não pode ficar dormindo na aula. Se você pretende ser um bom médico, é melhor prestar muita atenção em tudo que está sendo ensinado. Lamento dizer isso, mas se este fato ocorrer novamente não vou poder deixar passar em branco. Você entendeu?
- Tudo bem, agora posso ir?
- Pode.
Segui direto para meu quarto no campus e liguei o computador. Decidi pesquisar sobre o sonho, afinal, não era a primeira vez que ele acontecia. Coloquei na Google: “Sonhos relacionados com Luz”. Apareceram diversas opções, porém todas inúteis. Estava quase desistindo quando um link me chamou atenção. Ele dizia o seguinte: “A luz, nem sempre é algo do bem”. Abri o link e comecei a ler. O texto falava sobre Lúcifer, o anjo da luz. Dizia também coisas sobre ele ter se rebelado contra Deus e começado uma guerra celestial. Mas não me serviu de muita coisa. A maioria do que estava ali eu sabia, pois meu pai é um católico fervoroso. Desde que eu me lembre ele me leva para a Igreja com ele. Diz sempre que eu tenho que agradecer muito pelo meu nascimento. Que só posso ter nascido por um milagre. Nunca entendi muito bem o porque disso, ele não gosta de falar muito sobre o assunto. Na verdade, as únicas coisas que sei sobre meu nascimento são: meu pai fez o parto e minha mãe morreu assim que eu nasci.
Desliguei o computador, porque não havia nada que me servisse e fui deitar um pouco. Mais tarde teria uma festa em uma das casas do campus.
Quando acordei já havia escurecido. Tomei um banho rápido, me arrumei e saí. No meio do caminho encontrei dois amigos: Dominic e Julie. Juntei-me a eles e seguimos conversando para a festa. O tempo passou rápido e logo já podíamos ouvir a música e, ver as pessoas bebendo e dançando. Entrei cumprimentando a todos e sentei com meus amigos em uma mesa perto da porta da sala de estar, que estava sendo usada como pista de dança. Continuamos conversando sobre diversas coisas por um tempo, quando Paul falou alto:
-Olha aquela garota –apontava para uma garota de pele branca, cabelos lisos louro escuros, olhos claros e com um belo corpo. Ela olhava fixamente para nossa mesa enquanto dançava.
Aos poucos ela foi se aproximando de onde estávamos. Chegou próximo a mim e tocou em meu braço, depois saiu, fazendo sinal para que eu a seguisse. Ela me olhou de uma maneira irresistível, por isso nem pensei duas vezes antes de ir atrás dela. Despedi-me de meus amigos, que ficaram com cara de invejosos, e saí. A segui por algum tempo em direção as outras casas do campus, porém ela parou em frente a uma lanchonete fechada, que ficava há alguns metros da casa onde estávamos. Eu não estava acreditando que uma garota como ela poderia querer alguma coisa comigo. Ela virou-se para mim.
- É você? – perguntou com um sussurro, ao pé do meu ouvido. Antes mesmo que eu respondesse, ela continuou – Sim. É você mesmo quem ele quer.
-Ele? Desculpa, mas não curto estas coisas não.
Ela parecia não me escutar e continuava a me seduzir. Mesmo com o olhar de loucura que ela estava, ainda era bem sexy. Quando eu ia falar alguma coisa, ela me interrompeu com um beijo. No início estava bom, normal. Mas, depois de alguns segundos, imagens perturbadoras começaram a aparecer em minha mente, como pessoas sendo torturadas de formas inimagináveis. Afastei-me dela e as imagens pararam. Quando a olhei, percebi que seus olhos que antes eram azuis como o céu, agora estavam escuros como a noite e, uma sensação de angústia e desespero passou pelo meu corpo. Ela olhou em meus olhos e perguntou com uma voz doce:
- Não quer ficar comigo?
Quase cedi, mas consegui me conter. Ela não parecia mais tão bonita como antes. Estava mudando. Seus olhos que antes eram azuis e depois ficaram negros, agora estavam vermelho-sangue. Suas unhas de repente estavam enormes, seu rosto parecia apodrecer, seu sorriso exibia a pura maldade. Na mesma hora saí correndo com a maior velocidade possível. Ela parecia se divertir com meu desespero, ao mesmo tempo em que caminhava lentamente na mesma direção em que eu corria.
Ela deixou que eu me distanciasse e, de repente, apareceu em minha frente e me golpeou com uma espécie de cauda. Fui jogado com violência em cima de alguns bancos de mármore. Não sei como não morri com esse golpe.
-Preciso levar você vivo, mas ninguém disse nada sobre ter que levá-lo inteiro. – falou ela e, como em todos os momentos, estampava no rosto um sorriso maligno.
Tentei me levantar, mas ela não deixou. Chegou perto do meu rosto e depois me lambeu.
- Hmm...carne celestial...
Fechei meus olhos esperando o golpe final. Quando parecia que tudo estava perdido, ouviu-se um bater de asas e, um cheiro muito forte de queimado espalhou-se pelo ar. A senti sendo retirada de perto de mim de maneira brusca. Depois disso, ela gritou me maneira ensurdecedora. Abri meus olhos e vi um homem (ao menos parecia um) com um par de asas retirando uma espada com uma lâmina de fogo que havia sido atravessada por ele, no coração da “garota”. Fiquei em estado de choque e a única coisa que conseguir dizer foi:
-Anjo?
Dezenove anos depois...
Estava no vácuo. No infinito. Não conseguia sentir nada. Nessa imensidão branca eu ouvia vozes me chamando e, a todo o momento via vultos passando a uma velocidade inacreditável e, uma luz brilhava intensamente. Então, uma dessas vozes me chamou de uma forma diferente, meio doce, quase um sussurro – Jared. Continuaram a dizer meu nome, mas agora voz estava ficando mais forte e me fez sair daquele estado de paz em que eu me encontrava. Foi aí que percebi que estava dormindo. E o pior: eu estava dormindo no meio da aula de anatomia da faculdade de medicina.
Mas não podem me culpar por dormir. A aula estava um tédio e eu sabia aquela matéria toda. Sempre tive facilidade na escola e, na faculdade não é diferente. Mas, ultimamente, apesar de ser inteligente e, ter a capacidade de pensar em várias coisas ao mesmo tempo, eu só conseguia pensar naquele sonho. Apesar de ter acordado, não conseguia prestar atenção na aula. Por isso deixei minha mente vagar pelas lembranças daquele sonho que, apesar de ter sido tranqüilo, como provavelmente devia ser a morte, me perturbava. Permaneci assim até o final da aula.
Quando estava saindo, o professor me chamou à sua mesa:
- Jared, todos sabemos que você tem uma inteligência fora do comum e suas notas são excepcionais...
- Mas... – continuei.
- Mas você não pode ficar dormindo na aula. Se você pretende ser um bom médico, é melhor prestar muita atenção em tudo que está sendo ensinado. Lamento dizer isso, mas se este fato ocorrer novamente não vou poder deixar passar em branco. Você entendeu?
- Tudo bem, agora posso ir?
- Pode.
Segui direto para meu quarto no campus e liguei o computador. Decidi pesquisar sobre o sonho, afinal, não era a primeira vez que ele acontecia. Coloquei na Google: “Sonhos relacionados com Luz”. Apareceram diversas opções, porém todas inúteis. Estava quase desistindo quando um link me chamou atenção. Ele dizia o seguinte: “A luz, nem sempre é algo do bem”. Abri o link e comecei a ler. O texto falava sobre Lúcifer, o anjo da luz. Dizia também coisas sobre ele ter se rebelado contra Deus e começado uma guerra celestial. Mas não me serviu de muita coisa. A maioria do que estava ali eu sabia, pois meu pai é um católico fervoroso. Desde que eu me lembre ele me leva para a Igreja com ele. Diz sempre que eu tenho que agradecer muito pelo meu nascimento. Que só posso ter nascido por um milagre. Nunca entendi muito bem o porque disso, ele não gosta de falar muito sobre o assunto. Na verdade, as únicas coisas que sei sobre meu nascimento são: meu pai fez o parto e minha mãe morreu assim que eu nasci.
Desliguei o computador, porque não havia nada que me servisse e fui deitar um pouco. Mais tarde teria uma festa em uma das casas do campus.
Quando acordei já havia escurecido. Tomei um banho rápido, me arrumei e saí. No meio do caminho encontrei dois amigos: Dominic e Julie. Juntei-me a eles e seguimos conversando para a festa. O tempo passou rápido e logo já podíamos ouvir a música e, ver as pessoas bebendo e dançando. Entrei cumprimentando a todos e sentei com meus amigos em uma mesa perto da porta da sala de estar, que estava sendo usada como pista de dança. Continuamos conversando sobre diversas coisas por um tempo, quando Paul falou alto:
-Olha aquela garota –apontava para uma garota de pele branca, cabelos lisos louro escuros, olhos claros e com um belo corpo. Ela olhava fixamente para nossa mesa enquanto dançava.
Aos poucos ela foi se aproximando de onde estávamos. Chegou próximo a mim e tocou em meu braço, depois saiu, fazendo sinal para que eu a seguisse. Ela me olhou de uma maneira irresistível, por isso nem pensei duas vezes antes de ir atrás dela. Despedi-me de meus amigos, que ficaram com cara de invejosos, e saí. A segui por algum tempo em direção as outras casas do campus, porém ela parou em frente a uma lanchonete fechada, que ficava há alguns metros da casa onde estávamos. Eu não estava acreditando que uma garota como ela poderia querer alguma coisa comigo. Ela virou-se para mim.
- É você? – perguntou com um sussurro, ao pé do meu ouvido. Antes mesmo que eu respondesse, ela continuou – Sim. É você mesmo quem ele quer.
-Ele? Desculpa, mas não curto estas coisas não.
Ela parecia não me escutar e continuava a me seduzir. Mesmo com o olhar de loucura que ela estava, ainda era bem sexy. Quando eu ia falar alguma coisa, ela me interrompeu com um beijo. No início estava bom, normal. Mas, depois de alguns segundos, imagens perturbadoras começaram a aparecer em minha mente, como pessoas sendo torturadas de formas inimagináveis. Afastei-me dela e as imagens pararam. Quando a olhei, percebi que seus olhos que antes eram azuis como o céu, agora estavam escuros como a noite e, uma sensação de angústia e desespero passou pelo meu corpo. Ela olhou em meus olhos e perguntou com uma voz doce:
- Não quer ficar comigo?
Quase cedi, mas consegui me conter. Ela não parecia mais tão bonita como antes. Estava mudando. Seus olhos que antes eram azuis e depois ficaram negros, agora estavam vermelho-sangue. Suas unhas de repente estavam enormes, seu rosto parecia apodrecer, seu sorriso exibia a pura maldade. Na mesma hora saí correndo com a maior velocidade possível. Ela parecia se divertir com meu desespero, ao mesmo tempo em que caminhava lentamente na mesma direção em que eu corria.
Ela deixou que eu me distanciasse e, de repente, apareceu em minha frente e me golpeou com uma espécie de cauda. Fui jogado com violência em cima de alguns bancos de mármore. Não sei como não morri com esse golpe.
-Preciso levar você vivo, mas ninguém disse nada sobre ter que levá-lo inteiro. – falou ela e, como em todos os momentos, estampava no rosto um sorriso maligno.
Tentei me levantar, mas ela não deixou. Chegou perto do meu rosto e depois me lambeu.
- Hmm...carne celestial...
Fechei meus olhos esperando o golpe final. Quando parecia que tudo estava perdido, ouviu-se um bater de asas e, um cheiro muito forte de queimado espalhou-se pelo ar. A senti sendo retirada de perto de mim de maneira brusca. Depois disso, ela gritou me maneira ensurdecedora. Abri meus olhos e vi um homem (ao menos parecia um) com um par de asas retirando uma espada com uma lâmina de fogo que havia sido atravessada por ele, no coração da “garota”. Fiquei em estado de choque e a única coisa que conseguir dizer foi:
-Anjo?
segunda-feira, 8 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
Nephilim - Prefácio
“Quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas, e escolheram esposas entre eles.” Gênese 6-1
“Naquele tempo viviam gigantes na terra, como também daí por diante, quando os filhos de Deus se uniam às filhas dos homens e elas geravam filhos. Estes são os heróis, tão afamados nos tempos antigos.” Gênese 6- 4
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Estava em minha sala, na Maternidade de SAINT’ANNA, me preparando para ir embora, quando meu bip tocou “Emergência”. É sempre assim, quando pensamos que estamos livres aparece um problema. Estranhei, pois não havia nada marcado para este final de semana, então, liguei para a recepção:
− Karlla, aqui é o Dr. Gabriel. Aconteceu algum problema?
− Ah Doutor − respondeu Karlla, um pouco preocupada − Chegou uma jovem aqui, mais ou menos uns 19 anos, em trabalho de parto. Ela não parecia nada bem e, Gabriel, você é o único obstetra livre no momento.
− Tudo bem. Qual é a sala?
− 118
− Obrigada − desliguei o telefone e me dirigi rapidamente à sala de cirurgia.
Antes de chegar, me lavei e me aprontei para o parto. Quando cheguei, toda minha equipe já estava a postos e a jovem, na mesa de cirurgia.
− Doutor, é melhor se apressar, ela está delirando e sua temperatura e pressão estão aumentando rapidamente.
Entrei na sala e tentei acalmá-la.
− Meu Anjo está vindo, meu Anjo... − era o que ela sussurrava incessantemente.
Comecei os procedimentos. A anestesia parecia não fazer efeito, ela começou a fazer força e a se contorcer de uns jeitos bem estranhos. Quando parecia que o bebê estava a caminho uma forte luz saiu de dentro dela fazendo com que dois assistentes caíssem, de repente um som ensurdecedor como se a água de mil rios batessem contra as rochas podia ser ouvido por todo hospital.
A princípio eu não sabia o que fazer, mas aos poucos a luz foi enfraquecendo e retomei a razão. Esperei alguns segundos e fui continuar o parto, afinal, não poderia abandonar aquela jovem.
Após alguns minutos, a criança nasceu. Um dos meus assistentes, que conseguiu se manter bem, apesar de toda aquela loucura cortou o cordão umbilical e, eu pude levar o bebê para que sua mãe pudesse vê-lo.
Disse a jovem que era um belo menino e, ela sorriu docemente – Jared – disse, esticando os braços para segurá-lo. Infelizmente ela não tinha forças, por isso, fiquei algum tempo em pé ao lado dela para que ela pudesse curtir um pouco seu filho. Ao mesmo tempo, parei para observar o bebê: ele tinha a pele clara, e seus poucos cabelos eram bem escuros. Um contraste gritante em relação a sua pele. Ele também parecia um pouco maior do que uma criança normal e, mais pesado também.
Avisei a mulher que levaria o menino ao berçário para procedimentos de rotina e, que mais tarde, ela poderia vê-lo de novo. Mas, quando observei melhor, vi que era tarde: seu coração havia parado. Não pude perceber antes, porque, com o evento acontecido durante o parto, todos os aparelhos foram danificados. Como não havia nada a ser feito, fechei seus olhos e segui com o bebê para os procedimentos normais.
Estava olhando para o bebê, pela vidraça do berçário, quando a diretora da maternidade, chegou me perguntando com autoridade:
-Pode me dizer o que aconteceu aqui?
-Realmente não quero falar sobre isso -respondi, de forma até um pouco rude.
-Gabriel, não sou só sua chefe, sou também sua amiga, então me diga, por favor, o que aconteceu aqui. Tenho dois enfermeiros praticamente cegos e um, ao que tudo indica, louco - ela estava se esforçando muito para não gritar. Respirei fundo:
-Não estou preocupado com isso. Temos pessoal que pode cuidar deles. O que me preocupa é o que vai acontecer com ele - falei olhando fixamente para a criança –Descobriram quem é o pai e a identidade da mãe?- continuei.
-Não sabemos nada sobre o pai, não há nenhum indício, não há maneira alguma de descobrir. Já sobre a mãe, sabemos que se chamava Rachel. Ela se identificou na recepção.
-Com a mãe morta e o pai desconhecido, quer dizer que ele vai para um centro de adoção?
-É claro que sim. Você conhece os procedimentos, não sei porque está perguntando. - ela esperou que eu dissesse algo, mas como permaneci quieto, ela continuou. – Caso não apareça nenhum parente dentro de um mês, pode-se fazer a adoção.
-Eu sei. – me afastei e peguei o telefone.
“Naquele tempo viviam gigantes na terra, como também daí por diante, quando os filhos de Deus se uniam às filhas dos homens e elas geravam filhos. Estes são os heróis, tão afamados nos tempos antigos.” Gênese 6- 4
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Estava em minha sala, na Maternidade de SAINT’ANNA, me preparando para ir embora, quando meu bip tocou “Emergência”. É sempre assim, quando pensamos que estamos livres aparece um problema. Estranhei, pois não havia nada marcado para este final de semana, então, liguei para a recepção:
− Karlla, aqui é o Dr. Gabriel. Aconteceu algum problema?
− Ah Doutor − respondeu Karlla, um pouco preocupada − Chegou uma jovem aqui, mais ou menos uns 19 anos, em trabalho de parto. Ela não parecia nada bem e, Gabriel, você é o único obstetra livre no momento.
− Tudo bem. Qual é a sala?
− 118
− Obrigada − desliguei o telefone e me dirigi rapidamente à sala de cirurgia.
Antes de chegar, me lavei e me aprontei para o parto. Quando cheguei, toda minha equipe já estava a postos e a jovem, na mesa de cirurgia.
− Doutor, é melhor se apressar, ela está delirando e sua temperatura e pressão estão aumentando rapidamente.
Entrei na sala e tentei acalmá-la.
− Meu Anjo está vindo, meu Anjo... − era o que ela sussurrava incessantemente.
Comecei os procedimentos. A anestesia parecia não fazer efeito, ela começou a fazer força e a se contorcer de uns jeitos bem estranhos. Quando parecia que o bebê estava a caminho uma forte luz saiu de dentro dela fazendo com que dois assistentes caíssem, de repente um som ensurdecedor como se a água de mil rios batessem contra as rochas podia ser ouvido por todo hospital.
A princípio eu não sabia o que fazer, mas aos poucos a luz foi enfraquecendo e retomei a razão. Esperei alguns segundos e fui continuar o parto, afinal, não poderia abandonar aquela jovem.
Após alguns minutos, a criança nasceu. Um dos meus assistentes, que conseguiu se manter bem, apesar de toda aquela loucura cortou o cordão umbilical e, eu pude levar o bebê para que sua mãe pudesse vê-lo.
Disse a jovem que era um belo menino e, ela sorriu docemente – Jared – disse, esticando os braços para segurá-lo. Infelizmente ela não tinha forças, por isso, fiquei algum tempo em pé ao lado dela para que ela pudesse curtir um pouco seu filho. Ao mesmo tempo, parei para observar o bebê: ele tinha a pele clara, e seus poucos cabelos eram bem escuros. Um contraste gritante em relação a sua pele. Ele também parecia um pouco maior do que uma criança normal e, mais pesado também.
Avisei a mulher que levaria o menino ao berçário para procedimentos de rotina e, que mais tarde, ela poderia vê-lo de novo. Mas, quando observei melhor, vi que era tarde: seu coração havia parado. Não pude perceber antes, porque, com o evento acontecido durante o parto, todos os aparelhos foram danificados. Como não havia nada a ser feito, fechei seus olhos e segui com o bebê para os procedimentos normais.
---
-Pode me dizer o que aconteceu aqui?
-Realmente não quero falar sobre isso -respondi, de forma até um pouco rude.
-Gabriel, não sou só sua chefe, sou também sua amiga, então me diga, por favor, o que aconteceu aqui. Tenho dois enfermeiros praticamente cegos e um, ao que tudo indica, louco - ela estava se esforçando muito para não gritar. Respirei fundo:
-Não estou preocupado com isso. Temos pessoal que pode cuidar deles. O que me preocupa é o que vai acontecer com ele - falei olhando fixamente para a criança –Descobriram quem é o pai e a identidade da mãe?- continuei.
-Não sabemos nada sobre o pai, não há nenhum indício, não há maneira alguma de descobrir. Já sobre a mãe, sabemos que se chamava Rachel. Ela se identificou na recepção.
-Com a mãe morta e o pai desconhecido, quer dizer que ele vai para um centro de adoção?
-É claro que sim. Você conhece os procedimentos, não sei porque está perguntando. - ela esperou que eu dissesse algo, mas como permaneci quieto, ela continuou. – Caso não apareça nenhum parente dentro de um mês, pode-se fazer a adoção.
-Eu sei. – me afastei e peguei o telefone.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Oi gente, aqui é a Máàh, tava passando por aqui e resolvi deixar um textinho que achei interessante:
Estrelas e Cometas
Há pessoas estrelas e há pessoas cometas...
Os cometas passam, apenas são lembrados pelas
datas que passam e que retornam.
As estrelas permanecem. O sol permanece. Passam
anos, milhões de anos, e as estrelas permanecem.
Há muita gente cometa.
Passa pela vida da gente apenas por instantes.
Gente que não prende ninguém e
a ninguém se prende.
Gente sem amigos,
gente que passa pela vida sem iluminar,
sem aquecer, sem marcar presença.
Importante é ser estrela.
Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida.
Amigos e Paixões são estrelas.
Podem passar anos,
podem surgir distâncias,
mas a marca fica no coração.
Coração que não quer enamorar-se de cometas,
que apenas atraem olhares passageiros.
Ser cometa é ser companheiro por instantes,
explorar os sentimentos humanos,
ser aproveitador das pessoas e das situações,
fazer-se acreditar e desacreditar ao mesmo tempo.
Solidão é resultado de uma vida cometa.
Ninguém fica, todos passam.
Há necessidades de criar um mundo de estrelas.
Todos os dias poder contar com elas e
poder sentir seu calor.
Assim são os amigos estrelas na vida da gente.
São coragem nos momentos de tensão.
São luz nos momentos de desânimo.
Ser estrela neste mundo passageiro,
nesse mundo cheio de pessoas cometas,
é desafio, mas acima de tudo
uma recompensa.
Recompensa de ter sido luz para muitos amigos,
ter sido calor para muitos corações,
ter nascido e vivido e não apenas existido.
E, eu tenho você como
meu amigo estrela !
(Autor: Reinilson Câmara)
Estrelas e Cometas
Há pessoas estrelas e há pessoas cometas...
Os cometas passam, apenas são lembrados pelas
datas que passam e que retornam.
As estrelas permanecem. O sol permanece. Passam
anos, milhões de anos, e as estrelas permanecem.
Há muita gente cometa.
Passa pela vida da gente apenas por instantes.
Gente que não prende ninguém e
a ninguém se prende.
Gente sem amigos,
gente que passa pela vida sem iluminar,
sem aquecer, sem marcar presença.
Importante é ser estrela.
Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida.
Amigos e Paixões são estrelas.
Podem passar anos,
podem surgir distâncias,
mas a marca fica no coração.
Coração que não quer enamorar-se de cometas,
que apenas atraem olhares passageiros.
Ser cometa é ser companheiro por instantes,
explorar os sentimentos humanos,
ser aproveitador das pessoas e das situações,
fazer-se acreditar e desacreditar ao mesmo tempo.
Solidão é resultado de uma vida cometa.
Ninguém fica, todos passam.
Há necessidades de criar um mundo de estrelas.
Todos os dias poder contar com elas e
poder sentir seu calor.
Assim são os amigos estrelas na vida da gente.
São coragem nos momentos de tensão.
São luz nos momentos de desânimo.
Ser estrela neste mundo passageiro,
nesse mundo cheio de pessoas cometas,
é desafio, mas acima de tudo
uma recompensa.
Recompensa de ter sido luz para muitos amigos,
ter sido calor para muitos corações,
ter nascido e vivido e não apenas existido.
E, eu tenho você como
meu amigo estrela !
(Autor: Reinilson Câmara)
terça-feira, 2 de março de 2010
Somos um grupo de amigos ama escrever, por isso pensamos que a melhor maneira de divulgar nossas histórias seria criando um blog. Esperamos que vocês gostem de nossas histórias e, por favor, comentem!
Também mandem seus textos, afinal todos gostamos de uma boa história! É isso pessoal, em breve começaremos a postar.
Abraços, MJR.
Também mandem seus textos, afinal todos gostamos de uma boa história! É isso pessoal, em breve começaremos a postar.
Abraços, MJR.
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